ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO!!

Animais de Estimação!!

Os americanos gastam hoje US$ 41 bilhões com seus animais de estimação por ano – valor que só não é maior do que o PIB de 64 países. Isso é o dobro do total gasto com animais de estimação uma década atrás, com os gastos anuais devendo atingir US$ 52 bilhões nos próximos dois anos, segundo a empresa de pesquisas de consumo Packaged Facts.

Isso coloca o custo anual da compra, alimentação e cuidados com animais de estimação acima do que os americanos gastam indo ao cinema (US$ 10,8 bilhões), jogando videogames (US$ 11,6 bilhões) e ouvindo música gravada (US$ 10,6 bilhões), juntos.

“As pessoas não estão mais satisfeitas em tratar seus animais de estimação como animais de estimação”, afirma Bob Vetere, presidente da Associação Americana dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (APPMA). “Elas querem dar condições humanas a eles.” Isso significa hotéis no lugar de canis, aparelhos para endireitar dentes tortos e vestidos caninos cheios de babados para bailes.

Os donos de animais de estimação estão se tornando consumidores cada vez mais exigentes, não aceitando produtos de baixa qualidade, ambientes desestimulantes ou serviços precários para seus animais. Mas a escalada do volume e dos custos dos serviços levanta questões éticas sobre até onde todo esse amor deve ir.
Antes adquiridos como companhia para crianças. Os animais de estimação são mais populares hoje entre casais cujos filhos não moram mais em casa. Profissionais solteiros e casais que preferem esperar mais para ter filhos ou não tê-los. O que une esses grupos demográficos tão diferentes é uma tendência a ter mais tempo e recursos disponíveis.

Com mais pessoas trabalhando a partir de casa ou vivendo longe de suas famílias. Os animais de estimação também ajudam a amenizar o isolamento da vida moderna. Cerca de 63% dos lares americanos ou 71 milhões de domicílios possuem hoje pelo menos um animal de estimação. Em comparação a 64 milhões há apenas cinco anos.

Até não muito tempo atrás, a frase “vida de cão” significava dormir do lado de fora. Suportar as intempéries da natureza. Viver com dores e sentar-se debaixo da mesa da cozinha à espera de alguns restos.

Hoje, um cachorro tem uma vida muito melhor. A APPMA relata que 42% dos cães dormem na cama que seus donos, número que em 1998 era de 34%. Seu cardápio reflete todas as modas da alimentação humana – da carne orgânica e petiscos vegetarianos às refeições “gourmet”.

Metade dos donos de cachorros afirma que leva em conta o conforto de seus animais quando vai comprar um automóvel. E quase um terço compra presentes para eles em seus aniversários. Richard Wolford, CEO e presidente do conselho de administração da Del Monte Foods. Recusa-se até mesmo a usar a palavra “dono”. “Qualquer pessoa que tenha animal estimação sabe quem é dono de quem”, diz Wolford,  “pertence” a dois terriers Jack Russell.

Os negócios de sua companhia voltados para os animais de estimação. Passaram a responder de zero para 40% das vendas e cresceram da aquisição de marcas Meow Mix e Milk-Bone.

Valor Econômico, 03/08/2007
Animais domésticos são cada vez mais ‘humanos’ nos gastos
Trecho extraído da matéria Seção Empresas e Negócios.

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