O ESTRESSE ATINGE TAMBÉM O GADO!!

O estresse atinge também o Gado!!

Quem pensa que o estresse é um mal exclusivo dos homens está enganado.
A doença do século 21 atinge também os animais.

E o mal causa queda na produção de leite e de carne, gerando prejuízos ao produtor
Os bovinos, por exemplo, sofrem de vários tipos de estresse que afetam diretamente o seu desenvolvimento, a reprodução, a qualidade da carne e também a produção leiteira.
As causas, ou fatores estres sores como são chamados, são dos mais variados, vão desde altas temperaturas, procedimentos como vacinação, marcação e castração, até a inserção de novos animais no rebanho.
E como animal estressado é sinônimo de queda na produção e conseqüente redução do faturamento, o melhor que se tem a fazer é evitar que isto aconteça.
Segundo a médica veterinária Danielle Azevedo, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na área de Produção Animal, os estressores podem ser físicos, condições climáticas adversas, fome, sede, injurias (castração, descorna,vacinação) e ainda psicológicos, como o medo, decorrente de contenção, confinamento, novidades no manejo.”

Nos bovinos, os principais agentes causadores de estresse são enfermidades (parasitismo ou doenças infecciosas), mastite, laminite, restrição de movimentos, descorna, castração, marcação, transporte, desmame.”

Mas como saber se um animal está estressado? A veterinária explica que, em geral, eles ficam agitados, demonstrando ansiedade, e também costumam mugir freqüentemente. Outro sintoma é a redução de ingestão de alimentos, podendo, com isso, perder peso. “Eles normalmente apresentam sinais de desconforto, frustração, aumento de temperatura corporal” acrescenta a médica veterinária Angélica Pereira, graduando em Zootecnia na USP.

Para o pecuarista, a principal conseqüência desse estresse é a queda de produção do animal, seja de leite ou de carne (redução do crescimento/engorda). “As perdas em termos reprodutivos também devem ser lembradas como, por exemplo, aumento do período de serviço, elevada taxa de perda embrionária, o que em caso de utilização de inseminação artificial aumentam os gastos com a compra de sêmen.
A libido dos touros, bem como a manifestação de estrogênio nas fêmeas, também é reduzida”, completa a veterinária Danielle.

No caso do gado de corte, além de prejudicar a engorda o animal, o estresse pode provocar a queda na qualidade da carne, de acordo com a veterinária Angélica Pereira. Segundo a especialista, animal em estresse apresentam sinais de desconforto, frustração, aumento da temperatura corporal, queda do pH e rápida desnaturação proteica.
“A combinação desse acontecimento altera a conversão normal do músculo em carne, ficando a carne mais dura e escura”.A elevação do pH também faz com que essa carne deteriorem-se com maior facilidade, segundo Angélica.
A fabricação de subprodutos, como presunto, também fica prejudicada quando utilizada carne de um animal que sofreu algum tipo de estresse ao ir para o abate.

Verifica-se nesse tipo de carne dificuldade para difusão dos sais de cura, resultando em deficiências no sabor e na cor do produto, além da redução do período de conservação.

Para Angélica, o transporte dos animais é dos principais motivações de estresse. “Durante o trajeto, as situações de privação de alimento e água, alta umidade e velocidade dos caminhões e alta densidade de carga tornam os animais bastante estressados”, afirma.

Um dos tipos mais comuns de estresse é o calórico, provocado pelas temperaturas elevadas. Para evitar o desconforto dos animais é necessário adotar algumas medidas.
A plantação de árvores nas áreas de pastagem é uma boa alternativa.
Alguns pecuaristas preferem implantar sombreamento artificial com telas de proteção. Outra boa saída que alivia o calor é o próprio refrescamento, molhar os animais com mangueira chuveiradas. Nas regiões mais quentes, os especialistas aconselham a implementação de chuveiros automáticos nos cocheiras.

Para evitar outros tipos de estresse, especialmente o psicológico, os especialistas dão algumas dicas. Segundo a pesquisadora Danielle, o tratador dos animais pode minimizar o estresse com cuidados simples. Como manter a rotina diária, desde a cor de roupa que usa (que deve ser clara, e sempre a mesma). E ate evitar as famosas palmadas nas ancas dos bovinos. “Os animais também não gostam de gritos, que são normalmente desnecessários. Tratá-los com calma, respeitando seus medos e seus tempos, é o melhor”, indica.

“É importante assegurar os cuidados com os animais, desde o manejo na fazenda, sem o emprego de choques elétricos, por exemplo, que devem ser substituídos por bandeiras”. Carregar o número apropriado de bovinos nos caminhões de transporte. Evitar lotes de bovinos de tamanhos e idades diferentes antes de embarcar ou no curral de espera frigorífico. A aplicação de medicamentos e vacinas em regiões recomendadas. E utilização de agulhas limpas, também são outras maneiras de preveni o estresse.

SEPARAÇÃO DOLOROSA: A apartação do bezerro da mãe é um dos maiores fatores geradores de estresse bovino.

FERRAMENTAS: Chicotes, varas e equipamentos de choques deixam os animais irritados.
Sintomas:
• Sinais de desconforto e frustração
• Aumento de temperatura corporal
• Agitação, ansiedade
• Eles mugem freqüentemente
• Costumam perder peso
Causas:
• Mudança de rotina
• Elevação da voz dos tratadores
• Pancadas e utilização de ferrão e choques elétricos
• Práticas de rotina, como vacinação, marcação e castração
• Inserção de novos animais ao rebanho
• Período de apartação (separação da cria)
• Altas temperaturas
• Fome ou sede
• Transporte
Conseqüências:
• Queda na produção de leite ou de carne;
• Dificuldade de engorda e perda de peso;
• Produção de substâncias que deixam a carne mais dura e escura após o abate;
• Elevada taxa de perda embrionária;
• Redução da libido dos touros, bem como a manifestação de estrogênio nas fêmeas.

O manejo racional do rebanho e o uso de cães de pastoreio da Raça Border Collie é uma ferramenta de trabalho valiosa a disposição dos pecuaristas no manejo racional do rebanho. Na lida diária das propriedades rurais, pois força os condutores de banho a ter um melhor entendimento dos hábitos. Do comportamento e das reações dos animais, ou seja. Um peão que pensa se torna mais valorizado e habilidoso, com isto minimiza o estresse do rebanho e os prejuízos econômicos.

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