CARRAPATOS DOS CÃES!!

  Carrapatos dos Cães!!

  Autor: Márcia Antunes

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Os carrapatos em cães são extremamente freqüentes no Brasil, isto porque nossas condições climáticas favorecem muito a sua multiplicação. O calor e umidade, além disso, uma única fêmea de carrapato pode chegar colocar 4000 ovos em uma única postura.

Além disso, é importante ressaltar que a relação 5% no animal, 95% no ambiente também é válida para os carrapatos.
O maior problema que as pessoas encontram na hora da “ guerra” contra este parasita é a desinformação. Uma série de mitos, confusão entre espécies de carrapato ou até mesmo utilizam as mesmas estratégias de combate às pulgas…
O primeiro ponto importante quando se fala de carrapatos e de como combate-los. Melhor dizendo, controla-los, é a importância de se determinar a espécie do carrapato. As espécies que mais freqüentemente atacam os cães são o Rhipicephalus sanguineus e o Amblyoma.

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Caso você não tenha experiência, pode ser difícil a classificação do carrapato. Porém o tipo de ambiente onde o animal vive e o manejo podem dar algumas pistas do carrapato em questão e em cima disso conseguiremos estabelecer o melhor esquema para controla-los.
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Neste texto iremos abordar o R. sanguineus, responsável pela maioria das infestações de cães, em uma próxima oportunidade abordaremos o Amblyoma para facilitar a compreensão.
O Rhipicephalus sanguinues – é chamado de carrapato marrom do cão. Ele recebeu esta denominação, pois já desenvolveu um sistema de parasitismo totalmente dependente do cão. Isto é, onde há R.sanguineus há a presença de um cão.

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Este carrapato normalmente acomete cães de áreas urbanas, que ficam confinados a um determinado espaço. Cães de áreas rurais, mas que são criados em canis. De alguma forma tem seus espaço limitado (ex: cães criados na corrente) e sem acesso a outras espécies de animais também são acometidos pelo R.sanguineus.

Isto porque diferentemente das demais espécies de carrapato, o R sanguineus por este estreito relacionamento com o cão, tem hábitos nídicolas, isto é de “ ficar em ninhos”.
Portanto o R. sanguineus não tem o hábito de tocaia , como de outras espécies. Eles ficam aguardando seu novo hospedeiro na ponta de capim ou da grama.

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O R. sanguineus completa muitas vezes o seu ciclo com um único cão. Quando estamos diante de uma infestação de R.sanguineus, nossos esforços devem portanto se direcionar a esses “ ninhos “. São as frestas das casinhas dos cães, os muros ou qualquer lugar onde a fêmea repleta de ovos pode se esconder para desovar. A fêmea, depois de fecundada e já repleta de sangue, após cair no solo sobe os muros a procura de abrigo para desovar. Muitas vezes conseguimos ver estas fêmeas “ andando “ pelos muros.
Desta forma, podemos já determinar um dos erros mais comuns – a pessoa compra um bom produto para o ambiente e só lava o chão do canil. Enquanto as fêmeas e seus ovos estão seguras e tranqüilas em sues ninhos nos muros e na casa do cão. O chão não é o local de predileção desta espécie de carrapato. Outra dica em vista disso, é não utilizar para canis, muro chapiscado ou qualquer outro tipo que permita o abrigo destas fêmeas. Escolha superfícies lisas para os muros que dificultam o abrigo destas fêmeas. Pulverize o produto selecionado (ex: pó Asuntol) nos muros e nas paredes e telhado da casinha do cão.

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Outro erro é achar que uma aplicação resolve. Devemos realizar 3 a 4 aplicações com intervalos de 14 dias para controlar o problema. Um ponto importante é lembrar em falar de controle de carrapatos e não extermínio. Esses terríveis inimigos, podem facilmente vir do seu vizinho e novamente contaminar o seu ambiente.

Sendo assim se você tiver um excelente esquema de controle e seu vizinho de muro não, só resta a você proteger o seu cão. Pois dificilmente controlará o ambiente. Portanto a utilização no animal de produtos eficazes e de longo período residual são fundamentais para se ter um bom controle (ex. Kiltix coleira ou Kiltix pour on ou Bravecto ou Simparic).
Márcia Antunes
marciaCRMV –SP 8579
– Graduada em MV em 1994 pela Universidade Paulista.
– Coordenadora técnica responsável pela linha Pet da Bayer.
– Trabalha na Bayer desde 1995, sendo que 4 anos nesta função.
– Responsável pelo material técnico da Bayer e pesquisas locais.

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